Nunca na Terra, é meu estar à deriva. É ao mesmo tempo um pensar e não pensar. Meu pensar adentro e em torno. É quando me cabe tudo e não me resta nada. Nunca na Terra. Terra do Nunca. A toca do coelho em que Alice perdeu a chave.
Onde os sinos tocam porque sorriem ou porque choram.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

p/o que der e não der





quando alguém te esquece é porque consente...
que também seja esquecido...

e o que fere menos?
assistir ao ritual do próprio esquecimento...
ou
aproveitar a porta que deixaram aberta?


"estou sem vc p/o que der e não der"

sábado, 24 de novembro de 2007

a dor do desejo ... o desejo da dor





"e toda dor vem do desejo de não sentirmos dor"
Renato Russo deve ter tido um aparte com Freud ao ter escrito isso. Um ciclo vicioso esta tal de dor. A dor é o desejo de sua própria ausência. E o desejo em si, já é a própria dor. Estou aqui pensando se a dor não seria, na verdade, uma espécie de antecipação pré-histórica de felicidade. Uma indicação de que castelos podem ser ruínas e de que ruínas podem ser castelos. É neste nó que estou. Nó que ninguém desata, porque não cabe a ninguém além de quem deu o ultimo "laço" mal feito.

(suspiro)

Passar vontade dói mas confio no Universo que conspira comigo. Essa abstinência vai passar, e pela 1ª vez saberei ser a indiferença que consigo olhar e sentir do outro lado... e que dói.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

o despertar, o tempo, o espaço, o chão

Fazia tempo que não acordava sem me sentir assustada. Aquela coisa de "onde estou?" "o que está acontecendo?" Na verdade, penso que talvez esteja conseguindo visualizar algumas razões p/a o que tenho passado nesses últimos tempos. E só.
Minha desconfiança com o mundo permanece inabalada, e isso ainda me incomoda. Incomoda porque fragiliza em muito, minhas decisões.
Dizem que meu signo tem problema com escolhas, não conheço tantos assim p/a poder confirmar isso, mas no que depender de mim, é uma assertiva que procede. No final, é só uma necessidade de saber se o que não foi escolhido não vai fazer falta, e se o que foi aceito não será em vão. É uma necessidade como a de qualquer um, afinal de contas.
Já tem uns dias que também venho pensando sobre as malditas instâncias, chamadas tempo e espaço.
Meu Deus, como é impreciso. Como eu errei achando ser possível que as pessoas pensassem igual... como fui imatura. Meu tempo não é o do outro e a distância pode marcar em que pese não me ter feito diferença. Espaço e tempo são a raiz de todo esquecimento e não adianta ser um livro raro, no final...vai continuar na estante como todos os outros, raros ou não.
Bem, tudo é uma loucura só...que já perdi a idéia da medida do absurdo.
Não preciso de ar e não tenho sede p/a matar, só quero um chão p/a pisar e ter certeza (independente de garantias) de que esse caminho não será à toa.

domingo, 4 de novembro de 2007

frio direito civil



Estudando Direito Civil. Definitivamente não há matéria mais enfadonha... Se bem que ainda tem tributário, previdenciário e financeiro. Mas estas daí estão no rol das disciplinas intragáveis. Fico imaginando, tendo que estudar p/a magistratura...o tormento que será estudar todo o Código Civil...posse, propriedade,negócios jurídicos, contratos, aluvião, avulsão, sucessão...acho que todos os "ãos" entediantes do Direito estão na seara cível.

é que o meu coração é penalista e o Direito Penal tem um charme, um requinte... um sexy appeal rsss =]

ai, como é bom poder sorrir nestes meus dias tão difíceis...

:)